Admiro por demais a geração que possui a idade de doze, treze, quatorze anos…a maioria com habilidades invejáveis. Destaco uma delas: a perspicácia no entendimento da palavra escrita e da palavra mundo…Enganam-se adultos que os avaliam como alheios a tudo.
Adultos que convivem com essa geração deveriam ouvi-los mais. Desacelerar-se da vida corrida e destinar mais tempo para dialogar com as meninas e os meninos. Muitos parecem estar o tempo todo online, parecem seres virtuais. Não são. Apenas migram do mundo virtual para o real e vice versa.
Com a capacidade de dialogar entre esses dois mundos, diferenciam se de muitos adultos, incapazes de somatizar ideias , eles ao contrário, constantemente refletem, comparam, subtraem informações. Estão prontos para dialogar. Basta criar oportunidades para esse diálogo.
Ouço relato de mães ( são elas que mais estão próximas) sobre inferências dos filhos sobre fatos da política, da economia, das relações interpessoais…são questionamentos, por vezes, que as deixam, sem palavras. Demonstram conhecimento.
Ao demonstrarem conhecimento, a ideia propagada de que há muitas informações e pouca formação, começa ser questionável.
Essa semana, uma aluna fez uma importante reflexão sobre o tema polêmico: o aborto. Em suas considerações a respeito, mostrou-se segura do que pensa, arguiu invejavelmente.
Relatou também, que fora interpelada por uma mulher adulta, aconselhando-a deixar o assunto para o mundo adulto, que não deveria se preocupar ,” és muito jovem, para defender o ponto de vista”, você vai mudar de ideia…
Outra colega disse que quando se trata de familiar mais velho, não se sente inibida, defende seus posicionamentos, no entanto quando se trata de pessoa mais velha e não próxima de seus relacionamentos, por uma questão de respeito, cala-se. Frisou, não significa que concordo. Tenho informações, as quais as pessoas de mais idade não tem acesso.Por isso também, respeito-as.
Viva a era da informação. Bendito seja o conhecimento. Ele também já chegou.
Esperançar é o verbo do momento. Todo esse conhecimento nas mãos de bons cidadãos salvará a sociedade humana.
Aos incautos de plantão o pedido certo é: intervenção dialógica JÁ. “Eu acredito nessa rapaziada..”
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