O lírio da paz não quer florescer. A planta não reage. A folha nova que brota tem dificuldades para desabrochar. O broto da flor nem ousa aparecer. Troquei a terra, podei folhas murchas e secas, mas a planta não reage. Enrola a folha e vai murchando…para minha tristeza parece não querer reagir.
Essa planta encontrei-a , abandonada ao lado de uma lixeira, em 1° de janeiro de 2017, justamente no dia que se comemora a paz mundial.
Estava descartada, à espera de alguém que pudesse cuidá-la. Quem abandonou-a no vaso tinha essa intenção. Deixando -a no vaso, teria mais chances de ser adotada.A planta Lírio da paz requer cuidados para se desenvolver,nem muito sol, nem muita sombra, igual a paz mundial, precisa de equilíbrio. Eu adotei o lírio da paz. Fiz um esforço físico para carregar o vaso até o elevador.
Era meu presente de ano novo. Um contentamento e um privilégio , pois quantas pessoas encontram um presente dessa magnitude no primeiro dia do ano?
A planta está comigo há cinco anos. Nesse tempo, me presenteou com belas flores,
lírios brancos, símbolo da paz. As folhas com viço enchiam o vaso. E sua vivacidade trazia ao ambiente da sala o simbolismo da paz e da tranquilidade. Não está mais assim.
A planta parece pedir socorro. Assim está também o mundo. SOS.
Há iminência de conflito bélico mundial.
A paz mundial, tão desejada pelos povos e tão negligenciada por homens que estão no poder das grandes potências econômicas, está muito ameaçada.
Á guerra, insiste um cérebro doente, escondido num gabinete, chamar de operação militar especial. Mascara a guerra. Sufoca a paz. Os lírios da paz, espalhados pelo mundo, murcham diante de tantas maldades.
A morte, a fome, a intolerância, o ódio sufocam as chances de brotar humanidade. Nessa terra infértil, dificilmente os brotos do lírio nascerão.
Aqui, na minha casa, tenho o compromisso de cuidar da plantinha que encontrei.
Quiçá, os homens da guerra largassem o acervo bélico e fossem em busca da planta da paz.
Esse é um post extremamente curto. Não sei falar de guerra.
-Com licença, vou ali regar o lírio da paz.
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