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Ditos e Não Ditos - By Martinha de Fátima Borba
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O lírio da paz não quer florescer.

20 de março de 2022 by Marta de Fátima Borba Nenhum comentário

O lírio da paz não quer florescer. A planta não reage. A folha nova que brota tem dificuldades para desabrochar. O broto da flor nem ousa aparecer. Troquei a terra, podei folhas murchas e secas, mas a planta não reage. Enrola a folha e vai murchando…para minha tristeza parece não querer reagir.

Essa planta encontrei-a , abandonada ao lado de uma lixeira, em 1° de janeiro de 2017, justamente no dia que se comemora a paz mundial.

Estava descartada, à  espera de alguém que pudesse cuidá-la. Quem abandonou-a no vaso tinha essa intenção. Deixando -a no vaso, teria mais chances de ser adotada.A planta Lírio da paz requer cuidados para se desenvolver,nem muito sol, nem muita sombra, igual a paz mundial, precisa de equilíbrio. Eu adotei o lírio da paz. Fiz um esforço físico para carregar o vaso até o elevador.

Era meu presente de ano novo. Um contentamento e um privilégio , pois quantas pessoas encontram um presente dessa magnitude no primeiro dia do ano?

A planta está comigo há cinco anos. Nesse tempo, me presenteou com  belas flores, lírios brancos, símbolo da paz.  As folhas com viço enchiam o vaso. E sua vivacidade trazia ao ambiente da sala o simbolismo da paz e da tranquilidade. Não está mais assim.

A planta parece pedir socorro. Assim está também o mundo. SOS.

Há iminência de conflito bélico mundial.

A paz mundial, tão desejada pelos povos e tão negligenciada por homens que estão no poder das grandes potências econômicas, está muito ameaçada.

Á guerra, insiste um cérebro doente, escondido num gabinete, chamar de operação militar especial. Mascara a guerra. Sufoca a paz. Os lírios da paz, espalhados pelo mundo, murcham diante de tantas maldades.

A morte, a fome, a intolerância, o ódio sufocam as chances de brotar humanidade.  Nessa terra infértil, dificilmente os brotos do lírio nascerão.

Aqui, na minha casa, tenho o compromisso de cuidar da plantinha que encontrei.

Quiçá, os homens da guerra largassem o acervo bélico  e fossem em busca da planta da paz.

Esse é um post extremamente curto. Não sei falar de guerra.

-Com licença, vou ali regar o lírio da paz.

 

 

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Cidadania à deriva!!!

Casas Populares
21 de fevereiro de 2022 by Marta de Fátima Borba Nenhum comentário

Cidadania à deriva!!!

A palavra cidadania tem sua origem no latim e significa civitas, que quer dizer cidade.

Usada em Roma para denominar os direitos políticos de uma pessoa. De um cidadão.

CI DA DÃO: aquele que habita um lugar denominado cidade. Habita, marca território, ocupa um determinado espaço, não apenas isso, mas deve usufruir tudo o que esse lugar oferece. Por isso, o conceito de cidadania vai além do espaço “civita”.

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Carpe Diem

E a gaita silenciou.

6 de fevereiro de 2022 by Marta de Fátima Borba Nenhum comentário

Há quatro anos mudei para a atual casa. Situada numa região de pouco movimento do comércio.

A tranquilidade desejada e conquistada.

Um recanto para flores, pássaros, borboletas. E…para formigas também.

Penso que as formigas estão por aqui, para me lembrar na força do coletivo. Quando são acuadas num canto, surgem em outro bem ligeirinhas. Travo com elas, alguns diálogos “estranhos”: Olha esse lugar agora é meu. Que tal vocês procurarem outro espaço? Ainda há terrenos não tomados pelos humanos…

Que nada! Elas não vão. Pequenininhas e teimosas. Correm apressadinhas pela grama, pelas calçadas. De vez enquanto quando piso numa, antes de morrer, ataca-me. Mas não me tiram a tranquilidade.

Esse post não é  só para  falar das minhas intrusas, ou sou eu, a intrusa?                                                    Deixemos isso para o final do texto. O relato é sobre um toque de gaita. Um som intruso.

O som da gaita que invade meu espaço aéreo,  aos finais das tardes, é uma trilha sonora para as leituras costumeiras desse horário.

Há quase quatro anos ouço o toque de gaita. Não conheço o gaiteiro. É morador da casa situada na rua acima da minha.

Toca músicas do regionalismo gaúcho. Das antigas. Regionalismo de raiz. No repertório não falta “as mocinhas da cidade, são bonitas e dançam bem, uma vez dancei como uma moreninha e já fiquei querendo bem…”

Por se tratar de músicas que ouvia na minha infância e adolescência, o som me transporta para lembranças daquele tempo. Distraio na leitura e fico olhando o céu, o som parece embalar o revoo das andorinhas apressadas na busca por um lugar para dormir…

O toque da gaita, acredito, não chega em todas as casas da rua, não é percebido por conta que é um horário de chegada ou saída dos moradores, ora para trabalho ora para estudo, poucos atentam para o som sutil da gaita. Não é o meu caso.

Fico esperando pelo ensaio do  músico. Sei que não fará nenhum show, nenhuma apresentação. Não é seu objetivo, é um passatempo para ele. Para mim, é a trilha sonora dos dias que se despedem, e das noites que se anunciam.

Entre um dia e uma noite, inesperadamente veio a pandemia do coronavírus.

O som da gaita desapareceu.

Por um tempo, pensei que o vírus letal pudesse ter atacado o gaiteiro.

Sentada no banco do quintal, restaram por longos dias, observar a correria das formiguinhas. Ouvir o pássaro bem te vi e seu som denunciador: BEM TE VI BEM TE VI

Seu canto denuncia minha presença no pátio, mas também parece captar o momento de medo e de dor que estamos passando. Fica um tempo no muro, bem te vi bem te vi …2000…2021

Eis que nesse janeiro de 2022, num final de tarde, o som da gaita invadiu meu espaço…Meu coração saltitou. O gaiteiro havia silenciado sua gaita em respeito às mortes ocorridas na vizinhança. Viveu o luto solidário.

Um luto solidário que poucos são capazes de viver. Principalmente aqueles que negam a presença do inimigo invisível, do verdadeiro intruso indesejado, que é o corona vírus e suas variantes.

O silêncio da gaita foi interrompido. No entanto, o silenciamento ronda vidas.

Nesse momento, recebo notícia de mais um silenciamento. De uma mãe solo.

Do outro lado da cidade, outros foles de gaita silenciam.

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