Meu pai tem nome.
Esse é o nome de um programa do governo federal recentemente lançado, haja vista o número de certidões de nascimentos com dados incompletos, são milhões de brasileiros “sem pai”.
Sem pai? Não.
São pais que não sabem que geraram filhos.
São pais que não assumiram a paternidade.
São mães solos, que além da grande responsabilidade de gestar e criar um filho,ainda são cobradas porque não informam no registro de nascimento o nome do pai.
Mas não é somente a ausência do nome paterno que cria esse vácuo na história de uma pessoa. É também a ausência dos nomes do avós paternos.
Compreendemos ser cidadãos plenos de direitos quando nossa história de vida é respeitada.
Quem somos? Quais são nossos parentes? A que árvore genealógica pertencemos? Qual herança cultural temos?
A identidade de uma pessoa não se resume em ter o nome do pai revelado.
Pai revelado importante, porém mais importante é pai consciente de seu papel na vida de uma criança, de um adolescente, para que se tornem adultos fora desse paradigma de ‘carreiras solos”: mães “solitas”, pais “solitos” e, consequentemente filhos”solitos”.
Mulheres brasileiras em situação de mães solo sempre foi marcante no Brasil, no entanto os últimos dados divulgados pelos cartórios de registro de pessoas civis no país apontam para o aumento do número de casos, para tanto o governo federal lançou o programa PAI TEM NOME.
Nossa pátria necessita de paternidade presente. A maternidade é mãe gentil e não foge da luta.
Compartilhe