Estamos em tempo de eleições. Para o povo que vive sem o direito de escolher seus representantes esse período é muito mais valioso  do que para o povo que tem essa possibilidade.

Não deveria ser assim. Mas parece que a massa se acomoda numa preguiça mental.

Vota usando a parte inconsciente do cérebro.

Nesse inconsciente, guarda se verdades criadas pelas  atitudes de uma classe política nefasta à vida.

Vota se por favores. Por cabresto. Por interesse próprio. Pela tradição familiar. Vota-se por tantas razões adversas à condução da finalidade política, que é cuidar da pólis.

Votar é apenas uma vertente da democracia. Porém, fundamental para assegurar que recursos públicos sejam gestados com parcimônia. Evitando o abismo que existe entre quem tem tudo e  quem não tem nada.

Esse post faz um recorte sobre o uso do pronome NÓS no discurso político.

Assisto aos programas eleitorais e observo as narrativas criadas pelos candidatos e seus marqueteiros digitais.

“Nós vamos implementar…”  “Nós vamos criar..”  Nós faremos um projeto de inclusão..”

Qual o sujeito que ocupa de fato esse lugar marcado pelo pronome nós?

Nós podemos…nós fizemos…nós queremos…

Passei a desconfiar desse nós.

Em todas as eleições, sem exceção, os representantes de diferentes grupos, agremiações, igrejas, se apresentam. Tanto é que temos no BRASIL a bancada da bala, a bancada da Bíblia, a  bancada do agro…, por analogia, concluo que certos NÓS que aparecem nas narrativas políticas são sujeitos explicitados por esse jogo de interesses.

O  leitor e eleitor atento ao uso do pronome NÓS  não remete leitura no sentido implícito, tão somente.

Eleitor leitor consegue “materializar” quem são os sujeitos que habitam no pronome Nós do discurso político. Esse sabe que não está incluso na maioria dos Nós que se apresentam.

Eleitor leitor sabe quem de fato o representa.

Eleitor leitor conhece seus escribas. E, sabe que não ocupa lugar nesse Nós. Nem na marca gramatical de sujeito desinencial, tampouco ocupa lugar de direito nas políticas propostas.

Eleitor leitor escolhe e vota com a consciência do “Nós” de sua condição social.

Pena que haja tão pouco ELEITOR LEITOR. Assim, os algozes continuam no poder.

Entendeu o porquê de taxar impostos na venda de livros?

Para que o povo não descubra o que carrega a turma do NÓS.

 

 

 

 

 

 

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Escrito por Marta de Fátima Borba
Seguir meu coração foi minha melhor escolha. Sou corajosa. Quero melhorar a cada dia, porque sei que não estou pronta. Preciso evoluir. O que faço ou aquilo que me acontece, tem o poder de mudar meu humor, mas como vou reagir a isso, eu decido de maneira consciente!