A escola é um espaço de interação social. Sem dúvida alguma. Os adeptos à ideia de escola ensina, família educa, não a consideram como espaço das ricas vivências do contraditório, do desafio, do aprender a conviver e respeitar o diferente, o lugar da auto afirmação, das subjetividades, de encarar medos, cultivar amizades, rompê-las.
Se aproximar ou se afastar de grupos, lugar de sonhar, de criar esperança, de amar e ser amado, respeitar e ser respeitado, formar consciência do individual no coletivo…enfim, a lista de aprendizagens que “revestem” o conteúdo pragmático é infinita. A escola ensina. A escola educa.Conhecidas e renomadas teorias que tratam do processo ensino aprendizagem, apresentam a interação como fator determinante para que o conhecimento possa ser aprendido. Exemplos de algumas teorias, (recorrentes da memória de meus estudos acadêmicos) a zona aproximal de Lev Vygotsky; a filosofia de Mantessori de educação baseada na ideia de que a criança deve desenvolver desde cedo sua autonomia, explorando o espaço a sua volta – por que tantas escolas procuram oferecer “espaços verdes” na atualidade?- Seria por conta que há necessidade de aprender interagir com todos os seres?-
Outra teoria de igual matize, veio de Piaget, o epistemólogo suíço que revolucionou a pedagogia, defendeu uma abordagem interdisciplinar para a investigação epistemológica e fundou a Epistemologia Genética, teoria do conhecimento com base no estudo da gênese psicológica do pensamento humano…
E, por fim, nossa prata da casa : Paulo Freire ” escola é, sobretudo, gente, gente que trabalha, que estuda, que se alegra, se conhece, se estima. O diretor é gente. O coordenador é gente. O professor é gente. O aluno é gente. Cada funcionário é gente. E a escola será cada vez melhor na medida em que cada um se comporta como colega, amigo, irmão.”
Conteúdos?
Só servem para a formação de gente. Gente feliz capaz de tornar o mundo a sua volta mais feliz.
Educa-se! Ensina-se! Essa é uma verdade.
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