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Ditos e Não Ditos - By Martinha de Fátima Borba
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É tempo de ser águia

9 de agosto de 2020 by Marta de Fátima Borba Nenhum comentário

A águia é uma das espécies  de ser vivo mais resiliente do planeta.

Nesse mês, o Brasil atingiu a triste marca de mais de cem mil mortes causada pelo vírus letal covid 19. A pandemia segue ceifando vidas.

Para milhares e milhares de vidas, a partida do plano terreno está sendo impossível conter através da medicina.

Estaremos retornando ao ninho?

Percorre-se o mesmo caminho da águia?

Faço analogia à vida dessa ave que nos ensina como ser resilientes.

Há quem esteja recolhido ao ninho, cuidando do bico. Cuidando das garras. Cuidando das penas. Cuidando da visão.

Há quem partiu sem ter a chance de se renovar no ninho terreno. Buscarão o ninho sagrado. Todos com a chance da resiliência. Ora do corpo matéria.Ora do corpo espírito.

Aos que estão recolhidos no  ninho terreno é tempo de ser águia.

Cuidar do bico. Falar menos. Usar palavras edificantes. Usar aquelas que revelem sentimentos bons e criem boas atitudes. Renovar o bico. Retirar as marcas do preconceito, da mágoa, do ódio, da desesperança, da escassez…

Cuidar das penas! É cuidar de sua auto estima. É cuidar do outro. Esse outro pode ser  a água …pode ser a abelha…NESSE MOMENTO É USAR A MÁSCARA!!! e corretamente.

Cuidar das garras!!! Não é hora de ganância. De super faturamento…de lucros…de mais valia… É hora de  suavizar as garras . É hora  de ninguém soltar a mão de ninguém. O abismo está muito próximo para alguns…o voo coletivo é alternativa.

E a visão? Renove-a.  A sua frente, há o desfiladeiro. Mas o sol está lá para iluminar. A lua está lá para iluminar. As  estrelas estão lá para iluminar. As flores estão lá para amenizar a dor.

Sejamos águia .

Renove-se. Ainda há tempo.

Renove-se no seu ninho. Ou procure outro ninho onde possa  ser feliz.

Tempo de Leitura: 1 min
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A mão branca que aperta e mata

11 de junho de 2020 by Marta de Fátima Borba Nenhum comentário

Deveríamos sermos tratados como raça humana . Única.

O planeta Terra ser a terra de todos. Sem divisão.

Mas a humanidade historicamente se dividiu.

Dividiu-se pela cor. Pelo credo. Pela ideologia. Pela ganância. Pelo sentimento de dominação e superioridade.

Maria Montessori, pedagoga brasileira, escreveu : as pessoas educam para a competição e esse é o princípio de qualquer guerra. Quando educarmos para cooperarmos e sermos solidários uns com os outros, nesse dia estaremos a educar para a PAZ.

É uma utopia perseguida pelos humanistas de fato.

Mas parece que as formas  de segregação só se fortalecem.

Barrados e perseguidos os imigrantes que fogem da fome e da guerra.Se  constroem muros, e os impedem de descer das embarcações…

Barrados e perseguidos os irmãos negros.

Barrados  na escola. Barrados no trabalho. Perseguidos e mortos por rachadas de fuzil.  No Brasil, crianças e jovens assassinados dentro de casa, ora pela força do estado, ora pela rede de tráfico. Vidas negras ceifadas. Caçadas pela mão branca.

A mão branca se autoriza atirar, sufocar e escrever protocolo de exclusão, diferenciado é claro. Para a mão branca toda a defesa do Estado. Para a mão negra o rigor da lei.

Nessa década, com a imigração latente, a segregação racial se reedita geograficamente.  A não aceitação dos imigrantes deflagou forte debate. O planeta Terra pertence a todos os seres.

Essa ideia é excluída na pauta dos blocos econômicos hegemônicos.

A ordem mundial determina quem pertence e quem não pertence ao planeta Terra.

Pertencimento de direito a todos os recursos que a Terra nos oferece.

Mas a mão branca se acha no direito de angariar todos os tesouros para sua tenda.

Como não bastasse isso, a mão branca precisa prender, chicotear, escravizar , usufruir da riqueza vinda do suor, das mãos negras calejadas…

E sufocar até a morte.

O episódio ocorrido com o negro Georg Floyd, sufocado até a morte pela mão branca de um policial americano, Derek Chauvin, incendiou a chama da indignação no mundo.

A juventude em movimento no mundo todo é protagonista dessa indignação.

Indignados porque disseram a eles que se tinha construído um mundo novo, melhor para se viver.

Por outro lado, a onda de protestos contra o racismo, tirou jovens do obscurantismo. O que se viu nos últimos dias, foi  mãos brancas em punho junto com mãos negras em punho, isso trouxe um certo alívio.Eram mãos jovens.

A luta das mãos unidas derrubou estátuas de escravagistas,por décadas defendidos pelo imperialismo como homens nobres.

Espera-se que de uma vez por todas, a mão branca possa entrelaçar-se com a mão negra.

A esperança está, justamente, nas mãos tenras das crianças e dos jovens.

A filhinha de Floyd disse: — Meu pai mudou o mundo.

ASSIM SEJA.

Tempo de Leitura: 2 min
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A falsa beleza caiu.

31 de março de 2020 by Marta de Fátima Borba Nenhum comentário

O programa de confinamento chamado Big Brother antes apenas um programa televisivo, com algumas poucas pessoas selecionadas bem como seus perfis, para ficar incomunicável, separados e vigiados por câmeras, saiu da ficção e veio para a realidade.

Um vírus invisível e poderoso confinou as pessoas no mundo todo. Estamos dentro de um enorme Big Brother.

Estamos todos dentro do programa, e não sabemos qual é o diretor.

Ou melhor sabemos, embora muitos não queiram aceitar .

2020 chegou para fechar.

Fechar um ser indomável, indócil.

O ser humano.

De tanto estar fechado dentro de si mesmo, se agarrando em coisas materiais e construindo lugares para se fechar,  chegou a hora de  viver literalmente no estilo que construiu.

Acuado e com medo recolhe-se na sua insignificância.

Perdidos no e pelo consumismo, tem ansiedade tamanha em seu confinamento que quer estocar alimentos e… muito papel higiênico

Muito papel higiênico. Muito álcool. Muito sabão. Poderá se defender de algumas bactérias.

Nem todo os materiais de higiene do mundo é capaz de higienizar a mente tacanha desse ser voraz, agora confinado, igual aos bois para o abate, em igualdade de condições, porque ambos, não sabem qual é a hora do abate.

Com um agravante , o algoz do ser humano é pequeno demais, invisível, e traz uma mensagem  nessa pequenez: – Vocês não podem tudo. Recolham-se.

Pois bem, aquele ser dominador e dominado pela moda, pela etiqueta social      programada, de repente se viu nu. “Pelado com as mãos no bolso”.

Em casa, fechado. Sem poder usar sua roupa de griff  famosa. Seu sapato, sua bolsa de valor absurdamente caros, estão fechados num armário.

Os carros de luxo e luxúria estacionados nas garagens.

Vestindo roupas simples. Sem jóias. Sem make. Sem make!!! Sem filtros. Sem hidratação de pele, de cabelo, de mãos e pés. Barba por fazer, depilação adiada, unhas curtas e sem esmalte porque o ministério da saúde determina, até o cabelo está preso. Evitar o máximo que o inimigo pequenino se aproxime.

É UMA NOVA ORDEM.

A ordem do deus mercado da beleza ruiu.

A ordem é defender vidas.

O dinheiro gasto com tantos supérfluos está indo para campanhas de proteção  à saúde.

Muita gente sobrevive  da indústria de embelezamento, sei disso.

Mas nesse momento a beleza verdadeira está se mostrando mais efetivamente.

Sem make.

Assisto lives de famosos sem make. Preparando o copo de nescau para seus filhos. Lavando roupas. Privadas.

E sem unhas pintadas esboçam sorriso no rosto.

Esse é um novo tempo.

Esta é a nova beleza, que se fazia esconder nas melhores makes do mercado, a beleza de um ser humano ,  de fato  humano .

Precisou literalmente de máscaras. Mas teve que abandonar as falsas.

Capaz de reconhecer que não precisa de tintura no cabelo para disfarçar a idade.

Não dá para disfarçar o tempo todo.

Agora uma pilheria: o vírus te reconhece.

Agora uma certeza: nós temos um diretor, um comandante do universo.  Fazia tempo que você vinha recebendo  mensagens como estas:

_ Desapegue! Caixão não tem gavetas.

_ Comece de novo. Por onde?

_ POR DENTRO.

(…último aviso…)

 

 

 

 

Tempo de Leitura: 2 min
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