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Ditos e Não Ditos - By Martinha de Fátima Borba
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Sem teto. Sem lar. Sub normal? Para quem?

24 de junho de 2024 by Marta de Fátima Borba 2 Comentários

Assistindo ao noticiário matinal de tv aberta, notícia sobre  refugiados da Índia que aguardam há dias, no aeroporto de Guarulhos (São Paulo), o visto de permanência no solo brasileiro, ocorreu me de escrever sobre o valor de um teto. De um abrigo para os dias de frio, para os dias de calor. E para todos os dias o abrigo  em um  lar. Para todos os dias se fazer cumprir o direito à moradia, à cidadania.

O que representa para todo ser vivo um teto? Abrigo. Proteção.

Seja uma toca ou seja a copa de uma árvore, animais e aves procuram um lugar seguro para descansar.O ser humano ao sair da caverna, criou milhares formas de se abrigar. A disputa pelas melhores cavernas só aumentou.

A migração e a imigração se consolidaram na história dos humanos.

A edificações foram se aprimorando. Teto para todos? Não. Lar para todos? Não.

Há poucos dias, participei de plenária sobre educação e, em se tratando de política educacional todas as outras políticas públicas atravessam o tema, principalmente a habitação. Eis que a coordenadora do encontro apresentou importantes dados sobre o município ( a saber, estamos em ano de eleições municipais) e um dado se referia às *moradias sub normais.

Mudou de denominação, de novo, as conhecidas favelas.

Favela é uma planta que recobria alguns morros do Rio de Janeiro no século dezoito. Com forte perseguição, por autoridades da época da decadência do ciclo do café, aos cortiços formados pelos  ex trabalhadores das plantações de café, sem outra alternativas a população começou ocupar os morros.  Abrigaram se sob a sombra das tais árvores favelas. Surgiu ai o nome favelados.                                            A história registra em  1893, só na demolição do cortiço chamado cabeça de porco foram desalojados mais de 2 mil pessoas que foram morar no morro da providência. Também se registra o retorno de cerca de 20 mil  soldados, ao Rio de Janeiro, após término da guerra de canudos e foram morar no morro.

Estima se que há no Brasil cerca de 11,4 MILHÕES DE PESSOAS( seis por cento da população) morando em sub moradias. Recentemente, denominadas moradias sub normais.

A ocupação desigual dos espaços urbanos não combina com o Estado Democrático  Brasileiro, aliás nada combina, referente à  conquista de cidadania plena de direitos.

Ao povo trabalhador é destinado o morro, a encosta, a ilha, a beira dos trilhos. É mesmo para dificultar a vida dos sujeitos.

Em maio deste ano 2024, o maior evento climático do RS , choveu muito e as enchentes dos rios destruíram milhares de casas, contribuindo para  desabrigar de vez os gaúchos das estatísticas das moradias sub normais.

Cá, penso eu, sub normal é o povo deixar seu teto sob bombas da guerra, sob o estigma da fome , sob a ganância do capital especulativo imobiliário, sob a negligência com a ciência, sob os maus tratos com os biomas…Sub normal é querer  imprimir um novo normal para os povos:  sem teto, sem lar.

sub normal? pra quem?

 

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Amizade/elo vai além do plano terreno…

18 de agosto de 2023 by Marta de Fátima Borba Nenhum comentário

Na vida, se tem  poucas pessoas que realmente consideramos como amizade/elo.

As razões, pelas quais, não conseguimos manter ou criar amizades verdadeiras são muitas, e dizem respeito ao caráter, à idiossincrasia, à personalidade, à cultura, à posição social das pessoas.

As relações interpessoais cruzam nesse contexto multifacetado.

Foi em um desses contextos, que minha vida cruzou com a gringa Lorete. Assim chamada,o adjetivo gringa, citado por alguns com carinho e por outros com uma boa dose de preconceito.

A alcunha Gringa advém da diversidade cultural de nosso povo, é atribuída não tão somente por pertencer ao povo de origem italiana, mas ressaltar a personalidade de uma mulher atenta às finanças,  econômica: ” Ela é gringa ! ”  Fica subentendido que não vai gastar além do necessário.

Minha amiga Gringa ! Consegui ser amiga dela, estudamos, trabalhamos, viajamos, lutamos por educação pública de qualidade, fomos pioneiras na nossa cidade em defender políticas públicas para as mulheres, discutimos, nos afastamos, nos aproximamos… Eu fiquei.Ela partiu para o plano espiritual.

No próximo domingo, dia 20 de agosto, fará um ano de sua partida.

Ainda não acredito que não fez campanha para nosso candidato na última eleição…

Eu fiz. O candidato ganhou. Comemorei por nós duas. Sei que tua estrela brilhou bastante…

A amizade/elo que criamos vai além do plano terreno.

A correntinha desse elo só foi interrompida por mais um tempo.

Religiosa que era me dizia: você que é das palavras ( referia-se a minha formação acadêmica) sabes o que significa religião?    É  religar . A legião de anjos nos ajudam a ligar nosso espírito a Deus….

Estudiosa que era falava dos biomas, das bactérias, dos cromossomos( usava meus filhos com as cores de seus olhos azuis e verdes e explicava o porquê das cores…) quanta troca de conhecimentos…

Você me faz muita falta.

É uma falácia a assertiva de que ninguém é insubstituível. Outra professora de Ciências assumiu  seu cargo, mas o lugar de amiga/elo ninguém ocupará.

Dedico esse post em homenagem póstuma à professora Lorete Fochi.

E a todos aqueles que cultivam uma amizade/elo.

Em especial a um amigo, que recentemente, se despediu de seu pai/amigo/elo.

 

 

 

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Meu pai tem nome

17 de agosto de 2023 by Marta de Fátima Borba Nenhum comentário

Meu pai tem nome.

Esse é o nome de um programa do governo federal recentemente lançado, haja vista o número de certidões de nascimentos com dados incompletos, são milhões de brasileiros “sem pai”.

Sem pai? Não.

São pais que não sabem que geraram filhos.

São pais que não assumiram a paternidade.

São mães solos, que além da grande responsabilidade de gestar e criar um filho,ainda são cobradas porque não informam no registro de nascimento o nome do pai.

Mas não é somente a ausência do nome paterno que cria esse vácuo na história de uma pessoa. É também a ausência dos nomes do avós paternos.

Compreendemos ser cidadãos plenos de direitos quando nossa história de vida é respeitada.

Quem somos? Quais são nossos parentes? A que árvore genealógica pertencemos? Qual herança cultural temos?

A identidade de uma pessoa não se resume em ter o nome do pai revelado.

Pai revelado importante, porém mais importante é pai consciente de seu papel na vida de uma criança, de um adolescente, para que se tornem adultos fora desse paradigma de ‘carreiras solos”: mães “solitas”, pais “solitos” e, consequentemente filhos”solitos”.

Mulheres brasileiras em situação de mães solo sempre foi marcante no Brasil, no entanto os últimos dados divulgados pelos cartórios de registro de pessoas civis no país apontam para o aumento do número de casos, para tanto o governo federal lançou o programa PAI TEM NOME.

Nossa pátria necessita de paternidade  presente. A maternidade é mãe gentil e não foge da luta.

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