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Ditos e Não Ditos - By Martinha de Fátima Borba
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O sujeito Nós no discurso político

22 de novembro de 2020 by Marta de Fátima Borba Nenhum comentário

Analisei o discurso político do período eleitoral pelo uso constante do pronome pessoal Nós.

– Nós faremos….nós planejamos….nós fizemos…..nós pensamos…nós recebemos…

Os representantes de partidos políticos usam muito o pronome NÓS em suas narrativas. A grosso modo, estariam se referindo às pessoas de suas agremiações políticas. Ao ideário a que pertencem. Será?

A organização política partidária do Brasil remete-nos à leitura implícita  de quem realmente faz parte desse sujeito ou sujeitos marcados pela marca desinencial ( faremos. projetamos, queremos, disputamos…)

Seriam as empreiteiras? Grandes grupos empresariais? Alguns coronéis ? Algumas empresas estrangeiras ? Financiadores de milionárias campanhas eleitorais. Supostos sujeitos que ocupam lugar no pronome pessoal Nós.

Gostaria muito que o sujeito desse lugar fosse ocupado pelo povo. Quem realmente faz. Constroi. Fabrica. Produz. Cria. Transporta. Ensina. Cura…

Mas o projeto político do” Nós” deixa na clandestinidade os sujeitos reais da história.

Desde a construção da Babilônia antiga, do templo do rei Salomão até as babilônias e templos contemporâneos os reais construtores são anônimos.

_ Nós estaremos em contato permanente com as vilas,com os bairros, com toda a comunidade durante todo nosso mandato. Afirma o candidato, que inclusive foi o vencedor, no entanto o cenário dessa gravação é sempre a praça central da cidade.

Quem sabe ler palavras e imagens, e nem não precisa ser profissional da semiótica, entendeu para quem ele de fato governará.

O sujeito do verbo desinencial faremos, dialogaremos, atenderemos tem lugar definido,tem raça definida, tem classe social e, infelizmente, não me vejo inclusa, tampouco  a maioria dos sujeitos.

Somos apenas uma marca desinencial que a gramática normatiza o discurso político.

Infelizmente, normatiza parcialmente os direitos do sujeito nós.

PS: Nós, aqui do bairro, não temos saneamento básico, tampouco rede fluvial.

ASSINA:  SUJEITO EU SEM O ” NÓS ”

 

 

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Eleitor leitor sabe ler o “Nós” do discurso político

12 de novembro de 2020 by Marta de Fátima Borba Nenhum comentário

Estamos em tempo de eleições. Para o povo que vive sem o direito de escolher seus representantes esse período é muito mais valioso  do que para o povo que tem essa possibilidade.

Não deveria ser assim. Mas parece que a massa se acomoda numa preguiça mental.

Vota usando a parte inconsciente do cérebro.

Nesse inconsciente, guarda se verdades criadas pelas  atitudes de uma classe política nefasta à vida.

Vota se por favores. Por cabresto. Por interesse próprio. Pela tradição familiar. Vota-se por tantas razões adversas à condução da finalidade política, que é cuidar da pólis.

Votar é apenas uma vertente da democracia. Porém, fundamental para assegurar que recursos públicos sejam gestados com parcimônia. Evitando o abismo que existe entre quem tem tudo e  quem não tem nada.

Esse post faz um recorte sobre o uso do pronome NÓS no discurso político.

Assisto aos programas eleitorais e observo as narrativas criadas pelos candidatos e seus marqueteiros digitais.

“Nós vamos implementar…”  “Nós vamos criar..”  Nós faremos um projeto de inclusão..”

Qual o sujeito que ocupa de fato esse lugar marcado pelo pronome nós?

Nós podemos…nós fizemos…nós queremos…

Passei a desconfiar desse nós.

Em todas as eleições, sem exceção, os representantes de diferentes grupos, agremiações, igrejas, se apresentam. Tanto é que temos no BRASIL a bancada da bala, a bancada da Bíblia, a  bancada do agro…, por analogia, concluo que certos NÓS que aparecem nas narrativas políticas são sujeitos explicitados por esse jogo de interesses.

O  leitor e eleitor atento ao uso do pronome NÓS  não remete leitura no sentido implícito, tão somente.

Eleitor leitor consegue “materializar” quem são os sujeitos que habitam no pronome Nós do discurso político. Esse sabe que não está incluso na maioria dos Nós que se apresentam.

Eleitor leitor sabe quem de fato o representa.

Eleitor leitor conhece seus escribas. E, sabe que não ocupa lugar nesse Nós. Nem na marca gramatical de sujeito desinencial, tampouco ocupa lugar de direito nas políticas propostas.

Eleitor leitor escolhe e vota com a consciência do “Nós” de sua condição social.

Pena que haja tão pouco ELEITOR LEITOR. Assim, os algozes continuam no poder.

Entendeu o porquê de taxar impostos na venda de livros?

Para que o povo não descubra o que carrega a turma do NÓS.

 

 

 

 

 

 

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Adicione a polícia do pensamento

11 de setembro de 2020 by Marta de Fátima Borba Nenhum comentário

Vigiai o pensamento! Esse é um recorte do discurso de minha mãe que me acompanha até hoje.

Dentre tantas crenças limitantes herdadas ,  guardadas no subconsciente e ativadas milhões de vezes no consciente, cada vez que se repete ou elas vem ao pensamento, a expressão “vigiai o pensamento” sofreu metamorfose.

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