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Ditos e Não Ditos - By Martinha de Fátima Borba
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Discurso político e sua intencionalidade.

10 de outubro de 2024 by Marta de Fátima Borba Nenhum comentário

É na cidade que tudo acontece.

Nascemos e crescemos na cidade ou no território pertencente, chamado município.

As necessidades básicas de uma população depende quase que exclusivamente de seus mandatários.

Estamos no período eleitoral. A democracia nos permite escolher quem ocupará a vaga no executivo e no legislativo.

Atentando para o discurso apelativo inerente à ocasião, observa-se a intencionalidade . Essa depende do lugar que os sujeitos ocupam.

Os sujeitos que estão no poder usam os verbos no presente, pretérito e futuro com mais facilidade.

Fiz. Faço. Farei.

Os sujeitos que buscam o poder utilizam verbos no futuro. Farei. Ou apelam para a memória do eleitor  recordarem feitos do passado.

Já os substantivos abstratos tomam conta do discurso: justiça social, democracia, honestidade, ética, cidadania, responsabilidade, transparência, até os que não poderiam estar nessa categoria como educação, saúde, moradia,saneamento básico, mobilidade urbana, segurança, meio ambiente, políticas públicas…

Alguns sujeitos candidatos discursam como papagaios, repetem o mesmo campo semântico em todos os pleitos eleitorais, a intenção é clamar pela atenção do eleitor tão carente de tudo o que deveria ser dever do estado de direito. Promessas mascaradas de projeto de gestão.

Em tempos de mídias digitais,nos programas da gestão situação, os adjetivos aparecem nas lindas imagens das realizações propositivas, enquanto imagens reais são mascaradas, exceto, pelas imagens captadas por adversários.

Houve quem resolveu trazer de volta a prática do apelido. Preconceituoso, totalmente reprovado na urna!

O leitor eleitor percebe.

O eleitor não leitor se perde.

E o eleito?

Conseguiu atenção para sua intenção. Boas intenções ?

Dizem que o inferno está cheio delas.

Tempo de Leitura: 1 min
Linguístico•Reação

Santinhos, nem tanto!!!

8 de setembro de 2024 by Marta de Fátima Borba Nenhum comentário

Cresci acompanhando campanhas eleitorais.
Na minha infância, o material impresso era raríssimo.
Então, quando chegava o período eleitoral, chegava vasto material impresso : os santinhos.
No contexto político, santinho é uma publicidade da candidatura, contém foto, partido político, número e um breve histórico dos candidatos e suas proposições caso sejam eleitos.
A denominação “santinho” do panfleto para fins da política partidária chega a ser hilário antes de sua condição irônica.
Primeiramente, o santinho foi usado para divulgar santos, santas e, óbvio, suas santidades.
Na nova versão dos santinhos,de santidade não sobrou nada!
O que mais circulam são promessas falsas. O repertório se parece com as ladainhas religiosas, o diferencial é de que elas, se repetidas com seriedade e devida fé, até milagres acontecem. enquanto que a ladainha política caiu em total descrédito: vote pela educação, pela saúde, pela moradia,pela segurança, pelo lazer e cultura, pelo esporte, pela justiça, pela democracia…Caro leitor,convido lhe a continuar a ladainha.
Conhecemos muito bem a ladainha inscrita nos santinhos,a cada quatro anos, temos a chance de repeti-la. Os mesmos santos com as mesmas promessas.Salvo, raras exceções.
Então,faço remissão de memória e volto à infância.
Os santinhos viravam dobraduras. Surgiam barquinhos,naves,aviõezinhos (a propósito, ontem, esbarrei num exemplar, na esquina movimentada da cidade)Já, a diversão de minha mãe, era “estilizar”a foto dos santinhos.
Vale dizer que era o tempo de candidaturas de homens. Só os santos.Às santas reservava-se apenas o direito ao voto.Estávamos na peleja pelo direito de votar e ser votada.
Com uma caneta, minha mãe desenhava bigode no santo que por ventura não tinha, ou aumentava-o consideravelmente no santo com bigode fininho.Recortava e fazia montagens, colocando saias, vestidos, em total protesto pela falta de santinhas na política. Fazia mais, escrevia trocadilhos com o nome e partidos dos referidos santos. “João Maria, vem aqui com a cabeça e a panela vazia” PPB vem aqui só para feder”
Era pura diversão.
Já que intuímos que daquela ladainha não viria milagres.
Os santos eram santos de pau oco.
ERAM?

Tempo de Leitura: 1 min
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A natureza cobrou caro, sem parcelamentos!!

12 de junho de 2024 by Marta de Fátima Borba Nenhum comentário

2024. A conta chegou para os gaúchos.

Os boletos começaram a serem emitidos há décadas.

Eles foram ignorados.

Alguns protestados.

Algumas punições e multas pagas.

Ficamos no vermelho.

Os créditos venceram.

A tragédia climática ou drama anunciado, no sul do Brasil, no Rio Grande do Sul, deixou 1. 476.170 pessoas desabrigadas.

Dos 497 municípios, 425 foram atingidos por temporais e enchentes avassaladores.

Cidades inteiras foram destruídas, varridas do mapa. Casas, fábricas, lavouras devastadas.

Fauna e flora do ambiente inteiro gerou literalmente o ” meio ambiente”…A fúria das águas levou pontes, estradas, destruiu os caminhos, forçou os humanos trilhar caminhos da solidariedade sob pena de serem extintos como as pontes.

A fúria das águas deixou um recado da natureza em letreiros gigantes STOP. PARE.

A capital Porto Alegre deixou de ser alegre. Stop para o aeroporto. Stop para a rodoviária. Virou uma grande ilha.

Mansões e casebres não foram poupados. Ricos, pobres, miseráveis, balançou a pirâmide social!

Governantes e governados, ambientalistas, cientistas, especialistas e negacionistas atingidos.

Atingidos, EGOS E SUPEREGOS!

Os defensores do Estado mínimo bradaram pela presença dos agentes públicos.

Constatação: o Estado forte , competente, capacitado se fez necessário.

A companhia de água e esgoto (CORSAN) recém privatizada mostrou a falta de investimento na política pública de saneamento. As águas que invadiram as ruas e as casas em 2024 não tinham a coloração das águas do evento de 1941, agora totalmente poluídas pelo esgoto não tratado.

A população ficou a mercê de sua própria poluição, do lixo produzido pelo consumismo desenfreado e de seu individualismo maléfico.

Foi necessário bombeiros, policiais, agentes públicos de toda a máquina pública gaúcha e de todos os outros entes federados, voluntários de todos os lugares, inclusive internacional e não foi possível salvar todas as vidas .

Os defensores do Estado mínimo precisarão rever o conceito dessa política nefasta. É um bom momento para rever políticas públicas. É a chance de estudar quais políticas amenizarão os efeitos dos futuros eventos climáticos, os quais,os cientistas  afirmam serão constantes.

Cá estou, a refletir  sobre    a política dos agrotóxicos.

As águas  lavaram o solo.

É como a Mãe-Terra dissesse:

_ Revejam o tratamento prescrito a mim!

Tempo de Leitura: 2 min
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