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Ditos e Não Ditos - By Martinha de Fátima Borba
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Cala Boca Não Morreu

PRECONCEITOS ? SAÍRAM DO ARMÁRIO.

30 de julho de 2019 by Marta de Fátima Borba Nenhum comentário

Outro dia, ouvi de uma ativista dos Direitos Humanos, uma importante declaração : ” Não são as pessoas que estão saindo do armário, são os preconceitos.”

O fenômeno é mundial. E o  atual cenário brasileiro o ratifica.

As estatísticas, as notícias, as posturas preconceituosas de um número alarmante de pessoas revelam isso.

O feminicídio , no Brasil, que é o homicídio cometido contra mulheres, motivado por violência doméstica ou discriminação de gênero tomou conta dos noticiários da polícia.

O número de mulheres perseguidas, violentadas, assassinadas é gritante. O  ódio saiu do armário. A intolerância saiu do armário. O machismo saiu do armário.

A lista de sentimentos preconceituosos que brotam dos armários assusta.

No cenário político polarizado , assusta posturas de governantes , que publicamente

defendem ideias homofóbicas, machistas, de intolerância religiosa, de origem geográfica e de lugar, essas ideias “oficializadas” se alastram como pólvora ,  revelando a face   cruel da sociedade brasileira, formada pelo genocídio dos nativos dessa terra e da escravidão que a formaram.

Tenho a sensação de que há qualquer momento, diante de mim, uma porta de armário se abra e, dele, salte uma ação violenta movida por um preconceito liberto.

Há argumentos que legitimam as ações violentas advindas dos preconceitos, mesmo indefensáveis. Indefensáveis ? Somente pela parte da sociedade que continua na luta empática pelo direito do “outro” viver conforme seus desejos, suas escolhas, ou até mesmo viver onde não teve escolha.

Por fim, um dos preconceitos mais marcante, recentemente solto do armário da autoridade máxima desse país foi o etnocentrismo. Uma tendência que se tem de considerar a própria cultura como parâmetro para medir e julgar as outras culturas, quase sempre considerando nossos padrões culturais  como superiores ou como modelos que devem ser generalizados universalmente. SOMOS TODOS PARAIBANOS. Adjetivo pátrio correto.

Cadeados. Chaves. Urgentemente nos armários dos preconceituosos!!!!

 

Tempo de Leitura: 1 min
Carpe Diem

NÃO

18 de junho de 2019 by Marta de Fátima Borba Nenhum comentário

O tempo do não para quase tudo na vida prejudicou o desenvolvimento autônomo de muitas gerações. Tudo era tabu, nada podia, tudo proibido, tudo censurado. Tudo castigado caso o não fosse desobedecido. Principalmente a educação das mulheres foi por muito tempo pautada pelos infinitos NÃOS.

Como dizer não ao casamento arranjado? Por exemplo. Tarefa quase impossível, salvo as moças astutas que numa noite sem lua ou enluarada fugiam na garupa do cavalo mal encilhado, mas não menos ágil, daquele violeiro ou gaiteiro, o qual o pai a advertia : ” Oi Gale porqueira, não dê confiança, minha fia, esse é louco de bagaceira.” Hoje essa fala está historicizada numa canção gaúcha.

Um desses nãos, trouxe ao Brasil, minha avó materna, Quando o galo cantou pela terceira vez, a tropa de gado já havia percorrido dezenas de léguas do estado do Uruguai.Assim era denominado, o atual Uruguai. No meio da tropa, destacava se uma mula, sem mala de garupa, sem broaca ( espécie de mala feita de couro) a montaria era um vulto, que pela vestimenta, percebia-se ser de uma mulher.

Tinha quinze anos. Ela seguiu o que o coração pediu. Se encontrou a sorte de ser feliz, não sei. Mas deixou para as mulheres da família, a coragem de dizer NÃO.

Muitas de nós, vivemos o período de repressão. As diferenças de tratamento entre mulheres e homens só aumentaram. Mulher na política? Mulher artista? NÃO. NÃO PODE.

Direito de viver plenamente a sexualidade, era restrito ao homem. Para conseguir estudar, a moça encontrava mil barreiras.Um recorrente ditado nas famílias do interior: olha fulana foi estudar na cidade, logo volta com o diploma nos braços! Era uma advertência que trazia no seu implícito, o NÃO para as relações sexuais. A metáfora diploma nos braços referia-se a possibilidade de engravidar e não conseguir concluir seus estudos.Retornava para casa, grávida, solteira e por muitas vezes sem o apoio da família, seguia seu destino incerto.

Os NÃOS acompanham a vida das mulheres. Infelizmente, a sociedade machista não escuta quando proferimos que NÃO É NÃO. Parece que nossos NÃOS são ditos, mas não são escutados.

Sigamos com coragem para fugir dos nãos que nos dizem com a intenção de coibir toda forma de liberdade e igualdade. Que encontremos uma forma de fugir. E não pode ser , seguindo qualquer tropa.

 

Tempo de Leitura: 2 min
Sem categoria

Maniqueísmo do atual contexto político

28 de maio de 2019 by Marta de Fátima Borba Nenhum comentário

Mani , nome de um persa, do século III, que defendeu a ideia de categorizar as pessoas sendo elas boas com atitudes de maldade evidenciadas, sendo más com atitudes de bondade evidenciadas, por isso surgiu a palavra MANIQUEÍSMO.

O maniqueísmo vai demarcando ações do bem e do mal nas relações sociais, na politica , na religião, em todas as instâncias do poder. No micro poder e no macro poder. As antíteses ocupam lugar de destaque no maniqueísmo.

Amor e ódio. Tapas e beijos. Deus e o diabo. Ricos e pobres. Inúteis e úteis. Fracos e fortes.Bêbados e sóbrios. Capitalistas e socialistas.Analfabetos políticos e políticos analfabetos.Pretos e brancos. Crentes e ateus. Alienados e conscientes. Situação e oposição. Democracia e ditadura…(sic) continue a lista, caros leitores!!! Dependendo do contexto o mau tem atitude boa e o bom tem atitude má. De onde se espera um beijo vem um tapa e vice versa.

Homens e mulheres. Homens do bem. Mulheres do bem. Homens do mal. Mulheres do mal. Cidadãos do bem ? Quem não estiver dentro dessa última categoria está fadado a um péssimo destino. Conforme o maniqueísmo da hora…Cidadão de bem, tem arma em punho! Cristão defende tortura e pena de morte! Estudante arruaceiro faz pesquisa e é premiado …

Estive pensando como está difícil quebrar esse paradigma maniqueísta no contexto brasileiro.

Acirradas formas maniqueístas tomam conta das redes sociais. Eu sou. I am. O outro é lixo. Eu sou luxo. O outro é diabo. Eu sou anjo. Eu sou moral. O outro é amoral. EMPATIA? Desconhecem o significado. Desconhecem o efeito de sentido vital dessa palavra em todas as dimensões: pessoal e social. Enquanto isso crescem a intolerância, o preconceito, a generalização, a dogmatização, o fanatismo….

Aprender a ser empático seria uma forma de quebrar o paradigma maniqueísta que move as relações, pelo menos nas relações familiares. Nas relações de poder da esfera política, a tendência é intensificar o maniqueísmo. Viva os bons!! Viva os maus !!! “Todos juntos, misturados”

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