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Ditos e Não Ditos - By Martinha de Fátima Borba
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Pérolas..não tão preciosas de 2019

7 de janeiro de 2020 by Marta de Fátima Borba Nenhum comentário

Que ano ! Sensação de filme com o nome de volta ao passado.

A retrospectiva desse ano pareceu ser do ano de 1964.

Ou à  época das cavernas.

Um retrocesso atrás do outro. A Terra é plana. Vacina é obra do satanás.Menina veste rosa e menino azul. Mulher não deve estudar. Acessibilidade para deficientes é burocracia. Pérolas ! Quantas pérolas fake!

A  lista é grande.

Universitários das instituições federais são plantadores de maconha.

Fogo na floresta amazônica é natural.

Os supermercados lançam sacolas biodegradáveis e o governo autoriza 211 agrotóxicos. Melhor jogar fora a alface e comer a sacola.

Único presidente temente  a Deus.

Reforma da previdência beneficiará os mais pobres!!!

Os peixes desviam o petróleo derramado no mar…

Morte aos adversários políticos.

“Peguei o país na beira de um abismo, mas JÁ demos um passo á frente.’

Otimização de tempo: 45 minutos para discurso em Davos, o presidente usou 6.

Vereador  Tonho da Lua   comanda a agenda do presidente em viagem ao exterior.

Nazismo de esquerda.

Não sou intervencionista. Fecha a TV ESCOLA.

Estão pedindo AI5.

‘ O brasileiro viajando é um canibal”

“O pior inimigo da criança é o liquidificador. Não as armas.”

“Os livros ,hoje em dia,como regra, é um montão de amontoado de muita escrita”

E as perguntas???

” O que é Golden shower ? ”

Ministro do meio ambiente: Quem é o Chico Mendes?

Quem matou Marieli ?

Cadê o Queirós?

Que tiros são esses de balas achadas?

Que livros são esses?

Que jornais são esses?

Ufa!!  Acalme-se:

AS ABELHAS FORAM DECLARADAS OS MAIS IMPORTANTES INSETOS DO PLANETA.

PS: Convido , você leitor (a) continuar sua lista retrospectiva. Mas não esqueça as abelhas!!!!

 

 

 

Tempo de Leitura: 1 min
Linguístico

Criado Mudo ou criado-mudo

1 de dezembro de 2019 by Marta de Fátima Borba Nenhum comentário

Adoro a era da informação. Na minha formação inicial dependia muito do conhecimento extremamente livresco. Não raro ouvia de pessoas próximas  a mim a seguinte fala: cuidado com o que você está aprendendo, o papel aceita tudo. Era o medo do fakenews da época.

Mas porque adoro a era da informação? Porque temos acesso a quase tudo de forma rápida, em tempo real. O que se tem que aprender é checar as informações e suas fontes que é um trabalho tão igualmente rápido. Nunca na história humana o acesso a ideias e fatos foi tão simultâneo.

Para ilustrar minha reflexão, cito um exemplo de um pequeno vídeo compartilhado no Whatsap sobre a história da palavra criado-mudo.

O vídeo revela a etimologia da palavra criado mudo. Confesso, sempre desconfio de palavras, as ditas e as não ditas. Sempre desconfiei dessa.

Eis que fiquei sabendo que a expressão, ou seja, o nome dado à mesinha de cabeceira da cama, criado-mudo existe pelo fato  que na escravidão, os senhores( cidadãos de bem) escolhiam um escravo, homem ou mulher, para servi-los nos dormitórios, enquanto os seus donos dormiam, não podiam sequer se mexer para não acordá-los. O posto requeria a condição de ficarem calados, mudos..

Ouviam conversas de seus senhores, viam cenas semelhantes a filmes não recomendados a menores de dezoito anos, mas não lhes era permitido comentar com ninguém.

Ah, os segredos da alcova !!!

Passavam a ser a câmera de monitoramento da época. Alguns se pareciam com as câmeras de baixa resolutividade, não se vê nada, só vultos. Agiam como se não vissem nem ouvissem nada.

Sabedores do castigo, certamente a maioria se mantinha calado.

No entanto, sabemos da crueldade com que os escravos eram submetidos, para garantir que de fato não dessem com a língua nos dentes, a prática brutal de cortar a língua de seus criados foi se tornando natural.

Teriam, de fato, Criado Mudo. Substantivo próprio.

Com o fim da escravidão, sai de cena o Criado Mudo, substantivo próprio, e se fabrica um móvel com a função de aparar objetos ( jarra com água, copos, velas…) que o batizaram de criado-mudo. O substantivo comum.

Um móvel denominado  criado-mudo , carregado de história de preconceito e de ódio, atravessou gerações sem que houvesse questionamento para o  uso desse vocábulo.

Ainda bem que cresci numa família que o móvel perto da cama se chamava bidê.

Achava chique. Como se diz por ai ” da hora” . Mas chique mesmo é repensar a história e negar qualquer forma racista de ser. Até mesmo um vocábulo como criado-mudo.

E nós, os Criados Mudos, que deixemos de ser mudos, antes que nos cortem o direito ao grito.

Tempo de Leitura: 2 min
Vozes

ESSA HISTÓRIA NÃO ESTÁ BEM CONTADA…

16 de outubro de 2019 by Marta de Fátima Borba Nenhum comentário

Quando criança, ouvia muito essa expressão: Ah, essa história  não está bem contada…era fala recorrente de minha mãe . Se desconfiasse de algo incoerente na narrativa, não havia dúvida que vinha outra expressão também bastante usada: vou tirar essa história a limpo. Minha mãe foi uma espécie de operação lavajato,entretanto com métodos éticos.

A história do povo brasileiro está cheia de histórias mal contadas e tampouco tiradas a limpo!!!

Histórias verdadeiras substituídas por falsas narrativas. Por falsos narradores.

A chegada do povo branco europeu na nossa terra é uma narrativa que conta uma história mal contada. Descobriram por acaso. Hábeis navegadores” se perderam e acharam ” a terra do pau brasil e de um povo pelado…Ainda se tenta tirar a limpo essa historinha…

A princesa Isabel deu um presente aos negros…han? Que história mal contada. As lutas do povo guerreiro para a libertação  não contam direito…os interesses econômicos muito menos…

O grito da Independência às margens do rio Ipiranga…que historinha bem mal contada…

E por ai vai. Proclamação da República… Revolução farroupilha? Essa me parece uma das mais mal contadas…

Morte de Jânio…de Getúlio Vargas…(…) Períodos do calaboca. Deixa que o AI5 conta!!!

E na democracia…ativistas de causas indígenas, causas ambientalistas , mulheres, gays ..infinitas  histórias interrompidas e nunca tiradas a limpo.

E na democracia  eleições com histórias mal contadas e surge outra expressão de igual valor semântico fakenews.

E na democracia, delatores com histórias mal contadas.

E na democracia, as riquezas naturais continuam sendo vendidas a preço de banana e os negócios muito mal contados…

E na democracia, juiz, vereadora, governador são assassinados e crimes não desvendados.  A caixa preta do avião  tira a história a limpo.

Na democracia, as histórias são contadas. Temos chances de tirar a limpo.

Na ditadura,  as histórias mal contadas jamais serão passadas a limpo.

Prefira as histórias mal contadas na democracia. Podemos dizer : essa história está mal contada! – Vamos tirar a limpo.

Tempo de Leitura: 1 min
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