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Ditos e Não Ditos - By Martinha de Fátima Borba
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Os enunciados mais usados nas redes sociais : meus sentimentos, sinto muito, paz e luz, meu abraço fraterno…gratidão…parabéns!!!

4 de dezembro de 2021 by Marta de Fátima Borba Nenhum comentário

Há relutância em escrever sobre um tema que é muito caro para todos: a morte. Mas é um tema necessário. Falar e escrever sobre a morte é assunto que circula em todas as redes sociais, sejam elas online ou presencial.

A pandemia potencializou essa temática.

Agora, com a chegada do natal e  final de ano, a morte de entes queridos deixa de ser uma ideia, a morte se materializa.

Sim, se materializa. Na ausência de alguns na mesa posta para ceia. Na carga de sentimentos como saudade, recordação, arrependimento, compaixão, apego, paz, amor, alegria, tristeza, compreensão, tolerância, intolerância, solidariedade, medo, angústia, ansiedade,piedade,ressentimentos, perdão, raiva, ódio,compaixão,  gratidão…

Essa lista de sentimentos é infinita porque se trata das vivências terrenas. Caro leitor(a), o acréscimo de sentimentos fica por conta do que se leva no coração e na alma. Depende de sua postura no mundo. De sua religiosidade ou de seu ateísmo. Do crescimento espiritual e intelectual. De seu posicionamento político. De sua classe social.  De sua dimensão humanista ou não… A lista é cheia de antíteses. Porque vida e morte é a antítese mais verdadeira que existe.

Vejo amigos e amigas vivendo essa antítese de várias formas.Eu também. Há quem perceba a morte como processo da própria existência dos seres nesse plano. Para esses, a morte é um até logo.  E , há aqueles que compreendem a morte como perda. Ambos, diante do inevitável fato, sentem ao seu modo.  A dor do adeus ou do até logo não se mede.

Sabedores disso é que a corrente do “meus sentimentos”, “sinto muito”, “paz e luz” , “abraço fraterno” e “gratidão” se intensificou. A morte, provocada pelo vírus mundial e letal, despertou muito isso. Há um sentimento de injustiça que circula nesse evento, devido principalmente pelas desigualdades econômicas dos povos. A humanidade tende a se materializar, pois nos descobrimos o quanto de desumanidade carregamos . É uma tendência. Que bom.

A melhor atitude notada nos últimos tempos, em relação à antítese VIDA x MORTE , é o exercício da gratidão. E não é aquela palavra ao vento, dita de qual quer forma, é sentimento verdadeiro a quem fez a passagem. O melhor conforto é pensar no ente querido com o coração grato em ter a a oportunidade de conviver. Acertar e errar. Aprender ou não. Amar ou não.                                                                                  Portanto, celebremos a vida! Qualquer vida. De todos os seres vivos de nossa convivência.

Para finalizar esse post de forma carinhosa, diante de um tema não tão” leve”como a morte, resgato um fato ocorrido com uma prima.

Por ocasião da morte de parente de uma amiga, ela foi ao velório. Como o falecido não fazia parte de seu convívio, sequer o conhecia, tampouco seus familiares, exceto sua amiga,sua mente não estava focada no passamento, ao chegar na sala mortuária se dirigiu a pessoa que estava próximo ao caixão, estendeu a mão para o cumprimento e soltou um sonoro: PARABÉNS!!

Constrangimento total.

Hilário o fato. Mas trago a reflexão: – Por que não dizer parabéns?

Afinal, a vida merece um  p a r a b é n s.

 

 

Tempo de Leitura: 2 min
Sem categoria

A caneta e a enxada. Sou enxada. Sou caneta.

29 de novembro de 2021 by Marta de Fátima Borba 1 comentário

Há uma letra de música,sertaneja de raiz ,com o nome A caneta e a enxada. Composição de Zico e Zeca e musicada por Lourenço e Lourival. Eis a letra:

“Certa vez uma caneta foi passear lá no sertão

Encontrou-se com a enxada, fazendo uma plantação.

A enxada muito humilde, foi lhe fazer saudação.

mas  a caneta soberba não quis pegar na sua mão

E ainda por desaforo lhe passou uma repreensão.

Disse a caneta pra a enxada não vem perto de mim, não

Você está suja de terra, de terra suja do chão

Sabe com quem está falando, veja sua posição

E não se esqueça a distância da nossa separação

Eu sou a caneta dourada que escreve nos tabelião

Eu escrevo pros governos a lei da constituição.

Escrevi em papel de linho, pros ricaços e pros barão

Só ando nas mãos dos mestres, dos homens de posição.

A enxada respondeu: de fato eu vivo no chão,

Pra poder dar o que comer e vestir o seu patrão

Eu vim no mundo primeiro, quase no tempo de Adão

Se não fosse o meu sustento ninguém tinha instrução.

Vai- te caneta orgulhosa, vergonha da geração

A tua alta nobreza não passa de pretensão

Você que escreve tudo, tem uma coisa que não

É a palavra bonita que se chama educação!!!”

Que canção carregadinha de verdades! Recordei um fato que vivi nos tempos da faculdade.

Um colega observou as palmas de minhas mãos e, perguntou-me:

_ Por que a palma de tuas mãos são amarelas?

Por uns instantes, fiquei calada. Tive o ímpeto de esconder as mãos. Não adiantaria.

Envergonhada, respondi cabisbaixa: – Deve ser porque corto gramas…

Não revelei que a palma de minha mão estava amarelada, porque sarava dos calos deixados pelo cabo da enxada. Neguei minha condição de roceira.

Estávamos numa roda de conversa no Diretório Central de Estudantes. Ali, estavam acadêmicos dos cursos de Engenharia, de Agronomia, de Direito, colegas do curso de Letras…eu era, ali, a enxada, eles, a caneta.

Hoje, eu responderia ao colega: Eu sou roceira!

Mas naquela época, eu queria ser caneta.

A soberba negou a minha condição de enxada.

Eu ainda não tinha escrito a palavra bonita: educação.

Quarenta anos  após esse encontro , posso dizer que sou um mix de enxada e caneta.

A enxada me ajudou ser caneta. Agora, elas vivem em harmonia.

Escreveram e inscreveram, juntas, na trilha de minha vida, a palavra bonita E D U C A Ç Ã O.

 

Tempo de Leitura: 2 min
Ação Política Pedagógica

Como ruir o ‘gran poder”.

25 de novembro de 2021 by Marta de Fátima Borba Nenhum comentário

Neste novembro de 2021, na minha cidade, é o ano de eleições para escolha de diretores ou diretoras das escolas municipais.

Nem sempre foi assim. A escolha das direções escolares acompanha o processo democrático do Brasil pós golpe militar.

Passamos por “interventores”, nome dado a diretores indicados pelos prefeitos. A denominação remete ao bom e velho regime ditatorial .

Pois bem, o contexto histórico está novamente propicio às tais intervenções. Portanto, zelar pelas relações democráticas e mais, praticá-las é mais que dever de todos que amam a liberdade de expressão. Ainda mais, sendo professores.

Pois bem. Transcorria o dia da eleição. Recebia, via redes sociais, a propaganda do plano de governo de inúmeras candidatas. Que bom! A democracia correndo o mundo…

Já, nos bastidores …a corrida da democracia perdia velocidade. Numa conversa, com uma colega sobre o pleito , fiz a seguinte observação: _ Brasília é aqui!

( risos )

O poder? Ah, o poder!!!

Ele se constitui pelo micro poder.

Sustentamos e aguentamos o macro poder político concentrado na capital do Brasil pelos microspoderes .

Disfarçados muitas vezes por falsa democracia, aquela que se apregoa somente pela palavra e com ausência da ação.

Observa-se em eleições para diretorias de escolas, sindicatos, associações representantes de trabalhadores ou de patrões as mesmas práticas de pleitos para executivo, legislativo, judiciário.

Discurso ético. Prática anti-ética.

Discurso de igualdade. Prática desigual.

Discurso de liberdade de expressão. Prática de cabresto.

Discurso anti racista. Prática racista.

( …)

Mesmo assim, vamos à luta. Ratificando a democracia. Pode ser pela eleição, sim.

Só penso que os anarquistas tem razão quando propõem a divisão de poderes:

– que a representação se dê  pela liberdade compartilhada e não pela liberdade decretada

– que haja redes de relações voluntárias e não lugar da subserviência, da submissão do individuo ao poder

Assim, as relações de poder nos segmentos escolares poderiam ser ótimos exemplos para “o gran poder”, no nosso caso, para aquela capital que edifica a praça dos três poderes.

Quiça, na democracia haja avanço, não retrocesso. As escolas poderiam fundar um novo jeito de ensinar e aprender.

A gestão poderia ser compartilhada entre os segmentos escolares com representatividade, não só para eleger o diretor, como é atualmente.

O micro poder do povo aos poucos *roendo “o gran poder”.

Isso pode ser currículo escolar.

 

 

 

 

 

 

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