Há períodos da vida que parece que se perde o rumo, a rota, o foco, a meta. o resultado… Ainda bem que isso é passageiro. Pode até se repetir, mas nunca do mesmo jeito, porque o lugar que se ocupa nunca é o mesmo.Embora geograficamente pode ser.
O aqui e o agora se constitui de muitos outros Aqui e muitos outros Agora. Por isso, mesmo que sejam períodos da perda da rota, os sujeitos se reinventam. A capacidade do ser humano buscar alternativas é impressionante. Pode parecer que os períodos sejam repetitivos, o sentimento de “estar perdido”, ‘sem rumo” parece ser igual em todas as épocas. Não é. Porque a vida de uma pessoa é como um rio, é o mesmo rio, mas as águas não são as mesmas. O rio recebe galhos e folhas caducas, outras espécies de peixes, de plantas aquáticas, contorna outras margens, recebe carga tóxica…Pode estar agonizando…mas sabe onde fica sua nascente, seu olho d´água.
O rio segue sua rota, porque sua fonte alimenta-0 no percurso. A pessoa que traça uma rota na vida, sabe que é determinante saber qual é o seu aqui, qual é o seu agora para saber onde quer chegar.
Aqui, onde estou é meu lugar?
Estou vivendo o agora?
Sei aproveitar o que as margens do rio me trazem? Pétalas de uma flor? Lenha para a fogueira? Um saco plástico jogado criminalmente no rio, vou contemplá-lo apenas, ou vou removê-lo do lugar impróprio?
Perder o rumo não é de todo ruim. O que cabe fazer é aprender lidar com GPS. Localize-se. Definir o ponto de partida, cada vez que o chão parecer desmoronar. Contornar os obstáculos.Os rios estão ai para ensinar. A lição é de graça.
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