Assistindo a um programa de entrevistas na TV, no qual a jornalista Claudia Werneck , autora do livro Mulheres Incríveis e militante da ONG Escola de Gente, fez importantes reflexões acerca das politicas inclusivas no nosso país.
No que tange existirem lugares que atendam às necessidades de pessoas que utilizam cadeiras de roda, usem a linguagem de libras, sinalizadores sonoros para cegos ou baixa visão, legendas para comunicação…ela disse” a gente nasceu misturado.Nenhum lugar é análogo…”portanto todo lugar deveria ser especial.
Para os tomistas, um lugar análogo é onde não é totalmente diferente tampouco igual. Serve para os diferentes e os iguais. Por isso estamos ai todos misturados, para exercer as formas de conviver, de aprender e, principalmente se respeitar.
Homens e mulheres que exercem cargos públicos sem essa visão tomista, acham que fazendo algumas rampas nas calçadas ou mantendo canais de TV pública com linguagem de libras estão cumprindo com a legislação inclusiva. NÃO ESTÃO.
Dinheiro público deve ser liberado somente quando for para atender “as misturas”. Nada de liberar projetos sem que apresentem “o igual e o diferente”. Vem ai o período de eleições, é dever de todo cidadão ficar atento às propostas dos candidatos . Cuidar do “misturado” não é manter uma legislação de privilégios: deixar o subsídio acadêmico do filho do magistrado e cortar bolsas de estudos para filhos dos operários…manter mordomias para os políticos…carro oficial? auxilio moradia? telefonia móvel?auxílio terno e gravata? “cadeia domiciliar”…?
É desafio constante construir lugares não análogos. Mas o desafio maior é desconstruir “cabeças análogas”.
Compartilhe
