Os filósofos tem razão, não dá para passar pela vida sem aprender a contemplar, a observar o que há no nosso entorno. Principalmente, o que a natureza tem para nos dizer. Escrevo metaforicamente, sobre a vida, observando o cactos, seus espinhos e sua bela efêmera flor.
Os cactos são plantas espinhentas pertencentes à família das cactáceas . Conseguem sobreviver em ambientes extremamente quentes ou áridos pelo fato de terem a capacidade de acumular água em seus tecidos.
Suas folhas são reduzidas e foram modificadas em espinhos para se adaptar às necessidades da planta. O caule grosso e cascudo é fundamental para a sobrevivência da planta. No caule, se localizam os estômatos, responsáveis pela respiração.
As flores são isoladas, em geral muito grandes…Todas as espécies de cactos florescem, mas existem alguns tipos que somente irão florescer após 80 anos de idade….podem sobreviver mais de 200 anos… no entanto, a flor não dura mais do que 24 horas…
A vida e a relação com cactos?
Muitas semelhanças.
Há quem lute entre espinhos uma vida toda e não consiga colher sequer uma florzinha.
Há quem lute entre espinhos uma vida toda e obtém uma deslumbrante flor. Mesmo sabendo de sua efemeridade, brada por sua conquista.
Há quem lute entre espinhos a vida toda e não espere o desabrochar da flor, porque a sabe efêmera.
Há quem lute entre espinhos a vida toda e espera ansiosamente pelo desabrochar da flor e não consegue sequer vê-la, por ser efêmera.
Há quem lute entre espinhos a vida toda e só aprenda espalhar espinhos. São como

Foto-Rabe / Pixabay
os cactos que não florescem.
Tenho a impressão de que ao soltar a flor, o cacto sofre dor. Como na vida, é difícil cultivar flores e amores perenes, sem as inevitáveis dores…
As coisas boas da vida são efêmeras como todas as flores.Todos os amores. E, os melhores são como as flores dos cactos, duram menos ainda. O segredo, talvez, esteja na forma como eliminamos os espinhos…e esperamos o desabrochar efêmero das flores…e dos amores!!!!
Compartilhe
