Comprou. Embalou. Usou. Descartou.

Jogue no lixo. Jogue fora.

Não existe jogar fora. Você vai entrar em órbita para descartar seu lixo?

Tudo o que  usa e descarta fica no planeta.

A lixeira onde você deposita o saco do lixo, fica no planeta. O caminhão que recolhe é do planeta. O aterro ou a usina de reciclagem são desse planeta. A rua que você anda e nela sutilmente, ou nem tanto, joga a bituca do cigarro, o papel de bala, a latinha de redbull , a embalagem do salgadinho, ou a embalagem de isopor da quentinha. tudo, absolutamente não foi jogado fora. Ficou na rua, escorreu com a água da chuva, entupiu boeiros,   chegou  no rio, chegou no mar…Tudo é do planeta. Veio do planeta. Ficará no planeta.

Tudo está dentro do planeta, nada fora. Inclusive, a poluição da atmosfera.

Há muito tenho pensado em escrever sobre o plástico nosso de cada dia.

Estamos plastificados.

Ousei em batizar nosso tempo da era do plástico.

Já tivemos inúmeras eras. Era da barbárie. Essa teima permanecer no aqui e agora. Era do iluminismo.

Era de renascimento. Era da tecnologia. Era do conhecimento. Era da inteligência artificial.

E A ERA DO PLÁSTICO.  Da minha autoria.

Quando mesmo começou essa fúria de consumo do plástico?  Porque é uma fúria desenfreada.

Recentemente li uma notícia que o saco plástico usado para compras em supermercados, fruteiras, lojas, livrarias, farmácias… tudo vem dentro de uma sacolinha que por sua vez cabe dentro de outra sacola…é o vilão da poluição de rios e mares.

Seguido é claro de todo tipo de embalagens: copo, copinho, argolinha, lacres, fio dental, canudinhos, cotonetes, tampinhas, potes, potinhos…milhões disso e tudo mais que se” embrulha” o consumismo humano.

Gosto da frase dita por ocasião de enchentes, quando o rio invade ruas e casas com águas poluídas:

_ Ele só veio devolver o que não é dele.

Como se dissesse aos habitantes desse planeta lindamente construído com a mão de um supremo criador:

_ Toma relaxado! Aprende a usar os “Rs”, Reduza. Reuse. Recicle. Retire. Refaça.

O recado é para os moradores ribeirinhos, para moradores dos condomínios, das casas, dos casarões, dos palácios e também para as prefeitas, para as vereadoras, para as deputadas, para as senadoras, porque para o outro gênero que ocupa a maioria dos cargos da política institucional o recado já foi dado , mas teimam em não ouvir.

Teimam em desviar verbas. Principalmente da educação para o povo, a melhor alternativa ao meu ver, para salvar o planeta do homem plastificado.

Sim, estamos plastificados. Conforme pesquisas recentes, a quantidade enorme de plástico em minúsculos resíduos é encontrado na água que bebemos, em peixes que consumimos, somados a tudo o que usamos,esse derivado de petróleo nos sufoca.

Sufoca o planeta. Ele está agonizando numa bolha de plástico. Respira artificialmente.

Bem vindos à ERA DO PLÁSTICO.

Duvido até que muitos corações já foram plastificados. Estão na categoria descarte. Talvez, se possa aplicar  o”sistema dos Rs”. Talvez.

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Escrito por Marta de Fátima Borba
Seguir meu coração foi minha melhor escolha. Sou corajosa. Quero melhorar a cada dia, porque sei que não estou pronta. Preciso evoluir. O que faço ou aquilo que me acontece, tem o poder de mudar meu humor, mas como vou reagir a isso, eu decido de maneira consciente!