2024. A conta chegou para os gaúchos.

Os boletos começaram a serem emitidos há décadas.

Eles foram ignorados.

Alguns protestados.

Algumas punições e multas pagas.

Ficamos no vermelho.

Os créditos venceram.

A tragédia climática ou drama anunciado, no sul do Brasil, no Rio Grande do Sul, deixou 1. 476.170 pessoas desabrigadas.

Dos 497 municípios, 425 foram atingidos por temporais e enchentes avassaladores.

Cidades inteiras foram destruídas, varridas do mapa. Casas, fábricas, lavouras devastadas.

Fauna e flora do ambiente inteiro gerou literalmente o ” meio ambiente”…A fúria das águas levou pontes, estradas, destruiu os caminhos, forçou os humanos trilhar caminhos da solidariedade sob pena de serem extintos como as pontes.

A fúria das águas deixou um recado da natureza em letreiros gigantes STOP. PARE.

A capital Porto Alegre deixou de ser alegre. Stop para o aeroporto. Stop para a rodoviária. Virou uma grande ilha.

Mansões e casebres não foram poupados. Ricos, pobres, miseráveis, balançou a pirâmide social!

Governantes e governados, ambientalistas, cientistas, especialistas e negacionistas atingidos.

Atingidos, EGOS E SUPEREGOS!

Os defensores do Estado mínimo bradaram pela presença dos agentes públicos.

Constatação: o Estado forte , competente, capacitado se fez necessário.

A companhia de água e esgoto (CORSAN) recém privatizada mostrou a falta de investimento na política pública de saneamento. As águas que invadiram as ruas e as casas em 2024 não tinham a coloração das águas do evento de 1941, agora totalmente poluídas pelo esgoto não tratado.

A população ficou a mercê de sua própria poluição, do lixo produzido pelo consumismo desenfreado e de seu individualismo maléfico.

Foi necessário bombeiros, policiais, agentes públicos de toda a máquina pública gaúcha e de todos os outros entes federados, voluntários de todos os lugares, inclusive internacional e não foi possível salvar todas as vidas .

Os defensores do Estado mínimo precisarão rever o conceito dessa política nefasta. É um bom momento para rever políticas públicas. É a chance de estudar quais políticas amenizarão os efeitos dos futuros eventos climáticos, os quais,os cientistas  afirmam serão constantes.

Cá estou, a refletir  sobre    a política dos agrotóxicos.

As águas  lavaram o solo.

É como a Mãe-Terra dissesse:

_ Revejam o tratamento prescrito a mim!

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Escrito por Marta de Fátima Borba
Seguir meu coração foi minha melhor escolha. Sou corajosa. Quero melhorar a cada dia, porque sei que não estou pronta. Preciso evoluir. O que faço ou aquilo que me acontece, tem o poder de mudar meu humor, mas como vou reagir a isso, eu decido de maneira consciente!