Retorno ao blog após uma trégua como escriba.
O verbo retornar remete a lugares. pois sim. O blog é um bom lugar para minha mente.. Sobrevivente.
A qui a alma se aquieta. Refugia-se. Perde a ansiedade brincando com as palavras. As palavras e seus sentidos. Os antídotos que combatem as toxinas desse tempo infeccioso.
Feliz. Estou entre os sobreviventes.
Esse título parece ser de um filme. Não é.
Um ano e meio que o mundo vive a pandemia do corona vírus.
O inimigo invisível ceifa vidas humanas independente do lugar geográfico, da crença, da cor da pele.
Nossa casa comum deu o alerta. O soberanismo caiu. Povos ricos e povos pobres cabisbaixos . O universo dando a lição. Mostrou mais uma vez que todo ele é cooperativo. Foi necessário que a Alemanha, por exemplo. enviasse vacinas à Itália, para socorrer os velhinhos italianos.
O vírus letal quebrou fronteiras. Ainda que a barreira da lei do mercado persiste em dar as ordens.
Aqui, no Brasil, são 14 milhões de brasileiros na miséria.
Está posto o desafio para quem está no grupo dos sobreviventes.
Qual será o futuro?
A mãe terra deu seu recado. Urgente novas posturas.
Crescer em consciência.
Entender que somos seres de relação.
A mãe terra precisa de cuidados e todos os seres que habitam nela.
A física quântica está ai para dizer que tudo tem a ver com tudo. Os elementos são solidários entre si.
Por isso, uma forma de chegarmos ao futuro, é o retorno ao que nossos antepassados nativos ( Xãmas ) sempre fizeram, a comunhão com a natureza.
Vamos ter uma nova civilização. A biocivilização capaz de reorganizar a economia pela cultura da solidariedade. A economia Bio Circular.
Respeito à Terra. Deixemo – la respirar.
Descobrir a verdadeira essência humana que é sermos seres de relação, acima, abaixo, ao lado. Descobrir se família do bienviver. Junto com a natureza. Copiando o que as mães fazem com seus filhos. Se não fosse o cuidados delas ninguém sobreviveria. Não é mesmo?
Por isso, cuidar da mãe – terra parece ser a única alternativa para que não tenhamos o mesmo destino dos dinossauros.
Quando me deparo com uma lagartixa, sussurro baixinho: – Você
já foi grande demais.
Qual será nossa forma de sobreviventes?
Há um trilhão de células em nós. Quais sobreviverão?
