Deveríamos sermos tratados como raça humana . Única.
O planeta Terra ser a terra de todos. Sem divisão.
Mas a humanidade historicamente se dividiu.
Dividiu-se pela cor. Pelo credo. Pela ideologia. Pela ganância. Pelo sentimento de dominação e superioridade.
Maria Montessori, pedagoga brasileira, escreveu : as pessoas educam para a competição e esse é o princípio de qualquer guerra. Quando educarmos para cooperarmos e sermos solidários uns com os outros, nesse dia estaremos a educar para a PAZ.
É uma utopia perseguida pelos humanistas de fato.
Mas parece que as formas de segregação só se fortalecem.
Barrados e perseguidos os imigrantes que fogem da fome e da guerra.Se constroem muros, e os impedem de descer das embarcações…
Barrados e perseguidos os irmãos negros.
Barrados na escola. Barrados no trabalho. Perseguidos e mortos por rachadas de fuzil. No Brasil, crianças e jovens assassinados dentro de casa, ora pela força do estado, ora pela rede de tráfico. Vidas negras ceifadas. Caçadas pela mão branca.
A mão branca se autoriza atirar, sufocar e escrever protocolo de exclusão, diferenciado é claro. Para a mão branca toda a defesa do Estado. Para a mão negra o rigor da lei.
Nessa década, com a imigração latente, a segregação racial se reedita geograficamente. A não aceitação dos imigrantes deflagou forte debate. O planeta Terra pertence a todos os seres.
Essa ideia é excluída na pauta dos blocos econômicos hegemônicos.
A ordem mundial determina quem pertence e quem não pertence ao planeta Terra.
Pertencimento de direito a todos os recursos que a Terra nos oferece.
Mas a mão branca se acha no direito de angariar todos os tesouros para sua tenda.
Como não bastasse isso, a mão branca precisa prender, chicotear, escravizar , usufruir da riqueza vinda do suor, das mãos negras calejadas…
E sufocar até a morte.
O episódio ocorrido com o negro Georg Floyd, sufocado até a morte pela mão branca de um policial americano, Derek Chauvin, incendiou a chama da indignação no mundo.
A juventude em movimento no mundo todo é protagonista dessa indignação.
Indignados porque disseram a eles que se tinha construído um mundo novo, melhor para se viver.
Por outro lado, a onda de protestos contra o racismo, tirou jovens do obscurantismo. O que se viu nos últimos dias, foi mãos brancas em punho junto com mãos negras em punho, isso trouxe um certo alívio.Eram mãos jovens.
A luta das mãos unidas derrubou estátuas de escravagistas,por décadas defendidos pelo imperialismo como homens nobres.
Espera-se que de uma vez por todas, a mão branca possa entrelaçar-se com a mão negra.
A esperança está, justamente, nas mãos tenras das crianças e dos jovens.
A filhinha de Floyd disse: — Meu pai mudou o mundo.
ASSIM SEJA.

